O Índice de Qualidade das Águas foi criado em 1970, nos Estados Unidos, pela National Sanitation Foundation. A
partir de 1975 começou a ser utilizado pela CETESB/SP (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Nas décadas seguintes, outros
Estados brasileiros adotaram o IQA, que hoje é o principal índice de qualidade da água utilizado no país.
Os índices de qualidade das águas são úteis quando existe a necessidade de sintetizar a informação sobre vários
parâmetros físico-químicos, visando informar o público leigo e orientar as ações de gestão da qualidade da água. Entre as vantagens
do uso de índices destacam-se a facilidade de comunicação com o público não técnico e o fato de representar uma média de diversas
variáveis em um único número. Em contrapartida, a principal desvantagem consiste na perda de informação das variáveis individuais e
da interação entre elas.
O IQA foi desenvolvido para avaliar a qualidade de águas doces superficiais visando seu uso para o abastecimento
público, após o devido tratamento. Os parâmetros utilizados no cálculo do IQA são em sua maioria indicadores de contaminação causada
pelo lançamento de esgotos domésticos.
A criação do IQA baseou-se numa pesquisa de opinião junto a especialistas em qualidade de águas, que indicaram
as variáveis a serem avaliadas, o peso relativo e a condição com que se apresenta cada parâmetro, segundo uma escala de valores
“rating”. Das 35 variáveis indicadoras de qualidade de água inicialmente propostos, somente nove foram selecionados. Para estes, a
critério de cada profissional, foram estabelecidas curvas de variação da qualidade das águas de acordo com o estado ou a condição de
cada parâmetro. Estas curvas de variação, sintetizadas em um conjunto de curvas médias para cada parâmetro, bem como seu peso
relativo correspondente.